Igreja Universal sugere boicote a TV Globo, mas oferece mais de R$545 milhões por horário na grade da concorrente
Em mais um round da luta entre a Igreja Universal e a Rede Globo, pastores e obreiros da Igreja Universal começaram neste final de semana uma blitz destinada a persuadir os fiéis a “dessintonizarem” a Rede Globo de suas TVs, sejam abertas ou pagas. A ordem foi dada por pastores e, principalmente, obreiros, em duas unidades da igreja: em Santa Cecília, região central de São Paulo, e na Catedral da Fé, em Santo Amaro.Um enviado desta coluna esteve presente a cultos nessas duas unidades, no sábado e no domingo. Ele passou cerca de seis horas nos dois locais, em três horários diferentes, e não será identificado, a pedido, por segurança.
Entre os fiéis mais simples da Universal, relatou, há um sentimento de perseguição, e de que estão sob ataque contra a fé”. O ibope da disputa Globo x Record teve pouca alteração, mas, segundo fiéis, essas duas igrejas estavam muito mais cheias neste fim de semana, apesar do sol e do calor.
O assunto do fim de semana: a “TV do diabo” (Globo). Obreiros e fiéis repetiam que a Globo representa o mal que quer destruir a igreja, e que a única forma de impedir que essa “ameaça” entre na casa do fiel seria “tirar o mal da TV”.
“Dá pra tirar esse mal de qualquer aparelho, e se você tem TV a cabo é mais fácil”, explicava um obreiro aos fiéis, em meio a um culto em Santo Amaro, na manhã de domingo. “Quem tem TV a cabo ”e mais fácil, é só bloquear. É só bloquear!”
Técnica recorrente
Apesar de ser um técnica de fé criativa, não é a primeira vez que a Universal orienta seus fiéis a retirar a Globo do line-up de seus aparelhos de TV. Isso ocorreu também em 1995, quando a Globo exibiu a minissérie “Decadência”, de Dias Gomes, que retratava um pastor evangélico ganancioso, “luxuriento” e safardana, interpretado por Edson Celulari.
O texto da revista comenta o privilégio por parte da Igreja na compra de espaços comerciais para exibição de programas religiosos na Record, cujo dono é o bispo Edir Macedo.
Segundo a revista, aumenta constantemente o montante gasto pela IURD com a Record. Dados publicados pela reportagem mostram que em 2006 foram repassados R$ 240 milhões; em 2007, R$ 320 milhões; e no ano passado, R$ 400 milhões.
A TV Globo aproveitou o tema e repercutiu o assunto. Por sua vez, a Igreja contestou as declarações e exibiu na segunda-feira uma nova proposta à Globo, de R$ 545.300.000,00, para compra de espaço na emissora. A notícia ganhou destaque também no “Jornal da Record”, que comentou sobre a nova proposta feita à TV Globo.
De acordo com a IURD, a igreja fez pedido em 2007 para comprar o direito de aparecer na emissora carioca e também no SBT. O primeiro pedido à Globo foi feito em 27/02/2007 e recusado três dias depois sob alegação de que a emissora não loca ou comercializa espaço para programas de terceiros. Já o documeto enviado ao SBT não obteve sequer resposta.
Em nota, a Universal informa que a tentativa de comprar um espaço na TV Globo e em outras emissoras faz parte de sua evangelização. “Como uma entidade evangélica, a Igreja Universal acredita na propagação do Evangelho por meio de veículos de comunicação de massa”, diz.
Em mais um round da luta entre a Igreja Universal e a Rede Globo, pastores e obreiros da Igreja Universal começaram neste final de semana uma blitz destinada a persuadir os fiéis a “dessintonizarem” a Rede Globo de suas TVs, sejam abertas ou pagas. A ordem foi dada por pastores e, principalmente, obreiros, em duas unidades da igreja: em Santa Cecília, região central de São Paulo, e na Catedral da Fé, em Santo Amaro.Um enviado desta coluna esteve presente a cultos nessas duas unidades, no sábado e no domingo. Ele passou cerca de seis horas nos dois locais, em três horários diferentes, e não será identificado, a pedido, por segurança.Entre os fiéis mais simples da Universal, relatou, há um sentimento de perseguição, e de que estão sob ataque contra a fé”. O ibope da disputa Globo x Record teve pouca alteração, mas, segundo fiéis, essas duas igrejas estavam muito mais cheias neste fim de semana, apesar do sol e do calor.
O assunto do fim de semana: a “TV do diabo” (Globo). Obreiros e fiéis repetiam que a Globo representa o mal que quer destruir a igreja, e que a única forma de impedir que essa “ameaça” entre na casa do fiel seria “tirar o mal da TV”.
“Dá pra tirar esse mal de qualquer aparelho, e se você tem TV a cabo é mais fácil”, explicava um obreiro aos fiéis, em meio a um culto em Santo Amaro, na manhã de domingo. “Quem tem TV a cabo ”e mais fácil, é só bloquear. É só bloquear!”
Técnica recorrente
Apesar de ser um técnica de fé criativa, não é a primeira vez que a Universal orienta seus fiéis a retirar a Globo do line-up de seus aparelhos de TV. Isso ocorreu também em 1995, quando a Globo exibiu a minissérie “Decadência”, de Dias Gomes, que retratava um pastor evangélico ganancioso, “luxuriento” e safardana, interpretado por Edson Celulari.
O texto da revista comenta o privilégio por parte da Igreja na compra de espaços comerciais para exibição de programas religiosos na Record, cujo dono é o bispo Edir Macedo.
Segundo a revista, aumenta constantemente o montante gasto pela IURD com a Record. Dados publicados pela reportagem mostram que em 2006 foram repassados R$ 240 milhões; em 2007, R$ 320 milhões; e no ano passado, R$ 400 milhões.
A TV Globo aproveitou o tema e repercutiu o assunto. Por sua vez, a Igreja contestou as declarações e exibiu na segunda-feira uma nova proposta à Globo, de R$ 545.300.000,00, para compra de espaço na emissora. A notícia ganhou destaque também no “Jornal da Record”, que comentou sobre a nova proposta feita à TV Globo.
De acordo com a IURD, a igreja fez pedido em 2007 para comprar o direito de aparecer na emissora carioca e também no SBT. O primeiro pedido à Globo foi feito em 27/02/2007 e recusado três dias depois sob alegação de que a emissora não loca ou comercializa espaço para programas de terceiros. Já o documeto enviado ao SBT não obteve sequer resposta.
Em nota, a Universal informa que a tentativa de comprar um espaço na TV Globo e em outras emissoras faz parte de sua evangelização. “Como uma entidade evangélica, a Igreja Universal acredita na propagação do Evangelho por meio de veículos de comunicação de massa”, diz.
